Está finalmente disponível online Cartas do Kuluene, meu primeiro longa.
Cartas é uma experiência a meio caminho entre doc e ficção e um filme bastante pessoal, um relato emocional a três vozes sobre a experiência do encontro com povos indígenas no Brasil.
Fazem nove anos que fui ao Xingu e sete que rodamos as cenas dramáticas do filme. Trabalho absolutamente independente e com escassos recursos, apesar de sua seleção para festivais importantes, como a Mostra Internacional de São Paulo e a Mostra Internacional de Belo Horizonte, o filme acabou circulando pouco.
Passados quase quatro anos de seu lançamento, apesar da impiedosa crítica natural de diretor com sua obra, ainda acho que Cartas tem força, extraída sobretudo de seu personalismo, embasado numa revisão repleta de angústias das crenças e ideias que sustentei durante muito tempo. Em termos negativos, acho bastante ingênua em muitos momentos a relação pouco refletida entre texto e imagem.
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